SEJA BEM VINDO

OLÁ, ESTE BLOG É PARA DIVULGAR OS CONTEÚDOS DA GEOGRAFIA, TIRAR DÚVIDAS DE ALUNOS, ASSIM COMO POSTAR TRABALHOS DE MEUS ALUNOS, BLOG PARA PESSOAS QUE COMO EU APRECIAM O ESTUDO DA GEOGRAFIA.

VOCÊ PODERÁ COMENTAR SOBRE AS POSTAGENS, SALVAR FOTOS DE SEU INTERESSE, FAZER PESQUISA EM MINHAS PÁGINAS, SOBRE VÁRIOS ASSUNTOS DE GEOGRAFIA E TAMBÉM ALGUNS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA, ESTAREI SEMPRE ATUALIZANDO O BLOG COM NOVIDADES- VOLTE SEMPRE!!!


PESQUISAR O BLOG

CONJUNTO DIDÁTICO DE MINERAIS

Esta proposta destinou-se a formar um Conjunto Didático de Minerais, organizado e preparado para auxiliar professores de disciplinas da educação básica oficial, especialmente aquelas relacionadas com assuntos das ciências naturais e econômicas, como Ciências, Geografia, História, Química e, até mesmo, Biologia.
Mediante pesquisas realizadas em escolas públicas e particulares, que desenvolvem a educação básica, foi possível propor a formação desse conjunto didático, que servirá como meio auxiliar de ensino aos professores, para demonstrar aos alunos os materiais em suas formas naturais ou primitivas e de origem litosférica, utilizados como minérios ou matérias-primas no cotidiano da sociedade.
Dessa forma, poderá ser esclarecida com mais facilidade aos alunos a possibilidade de diversos recursos naturais estarem sujeitos ao rápido exaurimento, quando se comparada a sua contínua exploração com o tempo geológico da Terra que proporcionou a formação desses recursos. Conceitos de economia nacional e mundial, desenvolvimento industrial, evolução humana nas idades da pedra-lascada, do cobre e do ferro, da industrialização, que estão no programa de disciplinas como Geografia e História, além da sustentabilidade, que é um tema transversal, também poderão ser desenvolvidos com os alunos. O caráter principal é o da interdisciplinaridade, com especial interesse na divulgação de temas voltados à vida social e à educação ambiental.
Os minerais estão acompanhados por este fichário, que apresenta um testo introdutório sobre a mineralogia e as características básicas de cada amostra, com o nome do mineral, a composição química ou mineralógica, o grupo a que pertence, a sua ocorrência na natureza, o seu uso industrial ou a sua aplicação no cotidiano da sociedade, além de outras informações consideradas necessárias.

Com este conjunto, poderá ser possível a prática de uma metodologia de ensino que facilite o trabalho desenvolvido pelo professor, contribuindo para que o aluno melhor compreenda o lhe é ensinado, resultando em um processo de ensino-aprendizagem com a plena construção do conhecimento.
Um das características deste trabalho é o oferecimento de informações genéricas. Para estudos científicos aprofundados, o pesquisador deverá buscar informações em obras mais específicas, que possuam elementos detalhados e abordem o tema.

RELAÇÃO DOS 33 MINERAIS QUE INTEGRAM ESTE CONJUNTO
1
Albita
Indústria de cerâmicas refratárias e produção de gemas
2
Apatita
Indústria de ácido fosfórico e fertilizante (índice de dureza 5)
3
Barita
Obtenção de bário e produção de gemas
4
Bauxita
Obtenção de alumina (alumínio)
5
Berilo
Obtenção de berílio
6
Biotita
Para aparelhos de datações radiocronológicas (K-Ar)
7
Brasilianita
Obtenção de fósforo e produção de gemas
8
Calcita
Indústria óptica e de cimento e cal (índice de dureza 3)
9
Calcopirita
Obtenção de cobre
10
Caulinita
Produção de cerâmicarefratáriopapel e tintas
11
Cianita
Indústria de cerâmicas refratárias e obtenção de silício
12
Coríndon
Produção de abrasivo, rebolos, pedras-de-amolar  (índice de dureza 9)
13
Crisocola
Obtenção de cobre e produção de gemas
14
Dolomita
Obtenção de magnésio e produção de gemas
15
Enxofre
Obtenção de enxofre
16
Espodumênio
Indústria de cerâmicas, obtenção de lítio produção de gemas
17
Estibinita
Obtenção de antimônio
18
Feldspato
Obtenção de potássio, produção de cerâmica (índice de dureza 6)
19
Fluorita
Obtenção de flúor (índice de dureza 4)
20
Galena
Obtenção de chumbo
21
Gipsita
Produção de cimentoácido sulfúricogesso (índice de dureza 2)
22
Hematita
Obtenção de ferro e joalharia
23
Lepidolita
Obtenção de lítio
24
Magnetita
Obtenção de ferro
25
Malaquita
Obtenção de cobre e produção de gemas
26
Muscovita
Indústria eletro-eletrônica
27
Pirita
Obtenção de enxofre e, secundariamente, de ferro
28
Quartzo
Obtenção de silício (índice de dureza 7)
29
Rodocrosita
Obtenção de manganês e produção de gemas
30
Talco
Indústria de cerâmicas e cargas em geral (índice de dureza 1)
31
Titanita
Obtenção de titânio e produção de gemas (chamada de Esfênio)
32
Topázio
Produção de gemas (índice de dureza 8)
33
Turmalina
Indústria eletro-eletrônica e produção de gemas

CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS

os minerais são agrupados em doze classes, com base no ânion ou radical aniônico das suas fórmulas químicas. A classificação tradicional baseia-se na proposta feita em meados do século XIX, pelo norte-americano J. D. Dana, sendo conhecida como a Classificação de Dana. De início essencialmente química, sofreu algumas modificações, relacionando, sempre que possível, a composição química com as respectivas estruturas cristalinas, como na subdivisão dos silicatos.

As classes definidas são as seguintes:

- elementos químicos, que são minerais formados por apenas um elemento químico. Como exemplos, temos o ouro, a prata, o mercúrio e o enxofre nativos, o diamante e a grafita.

- sulfetos, que são formados de um cátion metálico ligado ao ânion sulfeto. São exemplos de sulfetos a galena, a esfalerita, a calcopirita e a pirita.

- sulfossais, que apresentam elementos como o As e Sb (semimetais) que entram na estrutura cristalina como cátions junto com um elemento metálico. Os exemplos de sulfossais são a enargita, a pirargirita e a tetraedrita.

- halóides, que é uma classe restrita que engloba halogenetos naturais. Os melhores exemplos são a halita, silvita e fluorita.

- carbonatos, que possuem o radical CO32- como ânion. Seus exemplos são a calcita, a dolomita, a magnesita, a rodocrosita, a siderita e a malaquita.

- sulfatos, que possuem radical aniônico SO42-, que se precipitam na superfície terrestre pela evaporação de águas salinas. Temos como exemplos a gipsita, a anidrita e a barita.

- óxidos e hidróxidos, que consistem em um cátion ligado ao ânion O2- e/ou ao ânion (OH)1-. São exemplos de óxidos e hidróxidos a hematita, a magnetita, a pirolusita, a cromita, o coríndon e a goethita. Embora o quartzo (SiO2) seja o óxido mais comum, ele é incluído nos silicatos devido às suas características estruturais.

- silicatos, que reúne a grande maioria dos minerais constituintes das rochas, sendo seu componente fundamental o radical aniônico SiO44-. A definição dos silicatos merece uma atenção maior, porque os tetraedros podem interligar-se de diversas maneiras. Em razão disso, o grupo dos silicatos é subdividido em nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos, inossilicatos, filossilicatos e tectossilicatos.

- nitratos, que possui como exemplo o salitre.

- boratos, que tem o bórax como exemplo.

- fosfatos, que inclui a apatita.

- tungstatos, que podemos citar como exemplo a scheelita.


PROPRIEDADES FÍSICAS

As propriedades físicas dos minerais auxiliam a sua identificação de forma rápida e prática, mas não é essa a única forma de classificar um mineral. a estrutura cristalina é determinada pela difração de raios X, a composição química pode ser obtida pelos métodos clássicos qualitativos ou por equipamentos modernos que fornecem análises quantitativas.
As propriedades físicas mais importantes são a densidade relativa ou peso específico, a dureza, a tenacidade, a clivagem, a partição e fratura, a cor dos minerais, a cor do traço produzido pelo mineral, a diafaneidade, o pleocroísmo, a refração da luz, o brilho, o hábito cristalino, os agregados cristalinos, a macla ou geminação.
Outras propriedades dos minerais são definidas pela radioatividade, pelas propriedades elétricas e magnéticas e pela sua capacidade de luminescência.

Densidade relativa e peso específico
É a relação entre o seu peso e o seu volume, podendo ser expresso em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). A relação entre o peso específico de um mineral e o peso específico da água a 4ºC é chamada de densidade, sendo expressa por um número puro.
A densidade depende essencialmente do arranjo estrutural dos átomos, do peso atômico dos átomos que compõem o mineral, do raio dos elementos constituintes.

Dureza
É definida pela sua resistência ao risco. É uma propriedade diagnóstica muito útil e determinada, na prática, por comparação, riscando-se a superfície de uma amostra de mineral com um objeto de dureza conhecida.
A escala de Mohs auxilia a comparação entre as durezas dos minerais. Ela foi proposta no início do século XIX pelo mineralogista austríaco Frederich Mohs (1773-1839). É composta por dez minerais, sendo que cada um riscará os minerais abaixo dele na escala e será riscado pelos minerais acima.
A seguir, estão relacionados os minerais eleitos por Mohs para compor a sua escala de dureza. O número anterior ao mineral indica a sua dureza:
1 – talco
2 – gipsita
3 – calcita
4 – fluorita
5 – apatita
6 – ortoclásio
7 – quartzo
8 – topázio
9 – coríndon
10 – diamante
A proporção da dureza entre os primeiros nove minerais é igual. Se fosse mantida essa mesma proporção para o diamante, a sua dureza seria 42.

Tenacidade
Descreve o modo como um mineral se comporta sob ação de esforços mecânicos. Ela depende da natureza das forças de coesão entre os átomos.
Com relação à tenacidade, um mineral pode ser quebradiço ou frágil, tenaz, séctil, maleável, dúctil, flexível ou elástico.

Clivagem
Vários minerais se quebram em fragmentos limitados por superfícies planas. A clivagem é a propriedade que tem o mineral de se partir ao longo de superfícies planas e lisas, paralelas entre si, definidas por planos cristalográficos de ligação mais fraca da estrutura atômica.
Alguns minerais não possuem clivagem, como o quartzo, as granadas e as turmalinas.
A clivagem é uma propriedade importante não só para identificação de minerais, mas também na utilização industrial. A clivagem das micas em lâminas muito finas permite a sua utilização em equipamentos elétricos, assim como as propriedades lubrificantes do talco e da grafita resultam da sua baixíssima dureza associada à facilidade com que se partem segundo o plano de clivagem pinacoidal basal.

Partição e fratura
A partição é a ruptura do mineral ao longo de superfícies de menor resistência relativamente planas, desenvolvidas ocasionalmente por deformação, mas que pode ser confundido por uma clivagem falsa, ou pseudoclivagem.
Já a fratura ocorre quando o mineral se parte em superfícies que não são clivagens e nem partições.

Cor dos minerais
É a primeira propriedade observada na amostra. A cor é a aparência decorrente do modo como uma substância absorve ou reflete a cor. Deve ser observada em luz natural (luz do Sol) e numa superfície de fratura recente, pois alguns minerais podem ter a sua cor modificada superficialmente.
Os minerais podem ser classificados como idiocromáticos, que são minerais de cor constante e característica resultante da sua composição química e estrutural; alocromáticos, que são minerais de cor variável; e pseudocromáticos, que são minerais que apresentam colorações complexas.

Cor do traço dos minerais
É a cor do mineral reduzido a pó. É chamado traço porque, para determiná-lo, utiliza-se uma placa de porcelana branca e desvitrificada, sobre a qual se esfrega o mineral, que então deixa a marca do pó na forma de traço na porcelana. É um fator mais diagnóstico do que a cor própria do mineral, por ser mais constante. Assim, minerais alocromáticos têm, em geral, traço branco, a não ser que a amostra contenha inclusões que alterem o traço, como de grafita ou hematita.
A placa de porcelana desvitrificada tem dureza de aproximadamente 6,5. Minerais de dureza superior à da placa não deixam traço na porcelana. Neste caso, o pó observado é da própria porcelana e não do mineral. Nesse caso, esses minerais precisam ser moídos para analisarmos o seu pó.

Diafaneidade
descreve a maior ou menor capacidade de o mineral transmitir a luz. Os vários graus de diafaneidade definem os minerais como transparentes (quando a absorção da luz é mínima) , translúcidos (quando a luz atravessa o mineral, mas não é possível ver através dele)  ou opacos (quando o mineral não permite a passagem de luz).

Pleocroísmo
É a propriedade apresentada por certos minerais coloridos de absorver a luz de modo diferente nas diversas direções cristalográficas. A cor de um mineral pode variar com a orientação quanto à fonte luminosa e, neste caso, ele é pleocróico.
Macroscopicamente, esse fenômeno só é visível quando a amostra for muito transparente. Um mineral tipicamente pleocróico é a turmalina.

Refração da luz
Nos minerais amorfos e nos do sistema cúbico, a velocidade de propagação da luz é igual em todas as direções. Assim, o índice de refração (n), definido pela razão entre o valor da velocidade de propagação da luz no vácuo e o valor da velocidade de propagação da luz no interior do mineral é constante. Nesse caso, esses minerais são opticamente isótropos.
Para minerais pertencentes aos demais sistemas cristalinos, a  velocidade de propagação da luz varia de acordo com a direção de vibração no cristal. Nesse caso, esses minerais são opticamente anisótropos.
A ocorrência de dupla refração também ocorre. Na calcita, essa propriedade pode ser observada com facilidade.

Brilho
É o aspecto da superfície do mineral, resultante da quantidade de luz refletida. A intensidade de luz refletida é maior quanto mais elevado for o índice de refração do mineral.
O brilho pode ser descrito pela semelhança com o de alguma substância conhecida. Os brilhos mais comuns são o metálico (galena, pirita) e o submetálico (columbita, grafita).
Quando o brilho for não-metálico, teremos o vítreo (quartzo, topázio, berilos), o adamantino (diamante, zircão), o resinoso (enxofre nativo), o gorduroso (halita, nefelina), o ceroso (calcedônias, opalas), terroso ou baço (caulinita, alguns feldspatos), nacarado ou perláceo (talco, gipsita, micas) e sedoso (crisotila, gipsita fibrosa).

Hábito cristalino
É a forma geométrica externa, desenvolvida habitualmente pelo mineral, quando o crescimento se dá em condições ideais para o desenvolvimento de suas faces.
Deve-se ter o cuidado de não confundir hábito com forma.  
Os principais hábitos cristalinos são:
- cúbico (pirita, fluorita, halita, galena)
- octaédrico (magnetita, diamante, pirita)
- rombododecaédrico (granadas)
- trapezoédrico (leucita, granadas)
- pentadodecaédrico ou piritoédrico (pirita)
- tetraédrico (tetraedrita)
- piramidal ou bipiramidal (zircão, anatásio)
- escalenoédrico (calcita, na variedade dente-de-cão)
- romboédrico (calcita)
- prismático (berilo, quartzo, topázio, apatita, turmalinas)
- tabular (micas, barita, albita, hematita)

Agregados
Em geral, os cristais não ocorrem isolados, mas sim em agrupamentos denominados agregados cristalinos, que podem ser bastante característicos para determinadas espécies minerais.
Os agregados mais comuns são o maciço, o granular, o reticulado, o fibroso, o radial, o micáceo, o drúsico, o amigdalóide, o dentrítico ou arborescente, o estalactítico, o coraloidal, o coloforme, o concêntrico, o bandado, o oolítico e o pisolítico.

Macla ou geminação
os cristais comumente ocorrem em grupos (agregados cristalinos), em que o arranjo dos indivíduos é desordenado, isto é, não obedece a nenhuma lei geométrica definida. Em alguns casos, porém, verifica-se que o intercrescimento entre dois ou mais cristais da mesma substância mineral obedece a uma certa lei de simetria e, nesse caso, se diz que eles estão maclados ou geminados.

Radioatividade
Essa propriedade está associada à presença de certos elementos, como urânio e tório, que se desintegram espontaneamente com a liberação de radiação. Alguns minerais são compostos essencialmente por elementos radioativos, como a uranita. A radioatividade é uma propriedade importante na prospecção desses minerais, utilizando-se, para isso, equipamentos especiais, como o contador Gêiser. Em outros minerais, os elementos radioativos se apresentam em pequenas quantidades, como no zircão e na monazita.

Propriedades elétricas
Em geral, os minerais são maus condutores elétricos, classificando-se, portanto, em isolantes térmicos. Bons condutores são somente os minerais com ligação metálica, como os elementos nativos ouro, prata, cobre e platina. Em menor escala, conduzem a eletricidade aqueles minerais com ligações semimetálicas, como alguns sulfetos, dentre eles, a pirita.
Em certos minerais é possível induzir o aparecimento de cargas elétricas por variação de temperatura. Essa propriedade se chamada piroeletricidade e está presente nas turmalinas, que são utilizadas em instrumentos termostáticos de altos fornos. Já a piezoeletricidade é a qualidade de induzir esse aparecimento de cargas elétricas pela deformação mecânica e está presente no quartzo.

Propriedades magnéticas
Os minerais podem ou não se tornar magnetizados quando submetidos a um campo magnético. Em outras palavras, eles concentram ou não, no seu interior, as linhas de força de campo magnético em que se situam.
Em razão dessa propriedade, os minerais podem se classificar em diamagnético, que se magnetizam quando submetidos a um campo magnético (quartzo, fluorita, calcita); paramagnéticos, que se magnetizam quando colocados em um campo magnético muito intenso (rutilo, berilo); e ferromagnéticos, que se apresentam magnetizados, mesmo na ausência de campo magnético externo (magnetita, pirrotita).
A propriedade magnética é importante para separar minerais com susceptibilidades magnéticas ou em processos de prospecção de jazidas por magnetrômetros.

Luminescência
Essa propriedade consiste na emissão de luz resultante da excitação do mineral por energia luminosa ou mecânica. Não abrange a incandescência, que é a emissão de luz em altas temperaturas. Luminescência é mais comumente produzida pela irradiação com luz ultravioleta e é, às vezes, propriedade diagnóstica decisiva para a identificação de certos minerais.
Os tipos de luminescência são a fluorescência, que é a emissão de luz durante a irradiação com, por exemplo, raios ultravioletas ou raios X; a fosforescência, que é a emissão continuada de luz após a irradiação excitante; a triboluminescência, que é provocada pela compressão ou atrito do mineral; e a termoluminescência, que é a emissão da luz por aquecimento abaixo da temperatura de incandescência.


CRISTALOGRAFIA

A estrutura interna dos minerais influencia fortemente as suas características ou propriedades externas, como a forma externa, dureza, clivagem densidade relativa e propriedades ópticas, daí a necessidade de se entender a geometria dos arranjos atômicos nos cristais.
A estrutura cristalina dos minerais é dada pela repetição periódica no espaço tridimensional, de uma unidade fundamental constituída por um conjunto de átomos e íons, chamada cela unitária. Já o retículo cristalino é o arranjo estrutural tridimensional interno dos cristais.
A expressão desse arranjo tridimensional interno é a forma externa, constituída de faces, arestas e vértices e desenvolvida sempre que o cristal encontra condições ideais para se cristalizar.
Nos cristais, é possível identificar o plano de simetria ou plano de reflexão, que divide o cristal em duas metades iguais e simétricas; os eixos de simetria ou  eixos de rotação, que são retas imaginárias que passam pelo centro geométrico do cristal e em tono do qual, num giro completo de 360º, a posição original será repetida duas ou mais vezes; e o centro de simetria ou centro de inversão, que é o ponto de simetria coincidente com o centro geométrico do cristal e eqüidistante de elementos geométricos de simetria invertida em relação a ele.

Sistemas cristalinos
Para descrever a geometria externa ou a simetria interna dos cristais, adotam-se sistemas de coordenadas com eixos de referência, denominados sistemas cristalográficos. Os eixos são, normalmente, paralelos a arestas de interseção de faces de maior expressão do cristal. Estão condicionados à simetria do cristal, coincidindo com eixos de simetria ou com normais a planos de simetria. Considerando-se a estrutura interna, os eixos são paralelos às arestas das celas unitárias e seus comprimentos são proporcionais às mesmas.
A fim de padronizar a descrição, os três eixos cristalográficos são denominados a, b e c. Os ângulos entre os eixos, chamados de constantes angulares, são α, β e γ. Alterando-se a relação das constantes angulares e eixos cristalográficos entre si, deduzem-se sete sistemas de coordenadas, que definem o mesmo número de sistemas cristalinos: triclínico, monoclínico, ortorrômbico, tetragonal, hexagonal, trigonal e cúbico ou isométrico.

Ângulos: α ≠ β ≠ γ
Arestas: a ≠ b ≠ c
Triclínico

Ângulos: α = γ = 90º ≠ β
Arestas: a ≠ b ≠ c
Monoclínico simples
Monoclínico simples
Monoclínico centrado
Monoclínico centrado




Ângulos: α = β = γ = 90º
Arestas: a ≠ b ≠ c
Ortorrômbico
simples
Ortorrômbico, simples
Ortorrômbico
centrado na
base
Ortorrômbico, centrado na base
Ortorrômbico
centrado no
volume
Ortorrômbico, centrado no volume
Ortorrômbico
centrado na
face
Ortorrômbico, centrado na face

Ângulos: α = β = γ = 90º
Arestas: a = b ≠ c (a1=a2≠c)
Tetragonal simples
Tetragonal, simples
Tetragonal centrado
no volume
Tetragonal, centrado no volume

Ângulos: α = β = 90º; γ = 120º
Arestas: a = b ≠ c (a1=a2=a3≠c)
Hexagonal

Ângulos: α = β = γ ≠ 90º
Arestas: a = b = c
Romboédrico

Cúbico ou isométrico
Ângulos: α = β = γ = 90º
Arestas: a = b = c (a1=a2=a3)
Cúbico simples
Cúbico, simples
Cúbico centrado
no volume
Cúbico, centrado no volume
Cúbico centrado
na face
Cúbico, centrado na face



DISTRIBUIÇÃO ORIGINAL DOS MINERAIS NO ESTOJO

ALBITA
APATITA
BARITA
BAUXITA
BERILO
BIOTITA
BRASILIANITA
CALCITA
CALCOPIRITA
CAULINITA
CIANITA
CORÍNDON
CRISOCOLA
DOLOMITA
ENXOFRE
ESPODUMÊNIO
ESTIBINITA
FELDSPATO
FLUORITA
GALENA
GIPSITA
HEMATITA
LEPIDOLITA
MAGNETITA
MALAQUITA
MUSCOVITA
PIRITA
QUARTZO
RODOCROSITA
TALCO
TITANITA
TOPÁZIO
TURMALINA
INSTRUMENTOS



ALBITA

Principais usos:
Indústria de cerâmicas e como gema


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: NaAlSi3O8 (silicato de sódio e alumínio)
- grupo: silicatos (Tectossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 6,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,62 g/cm3
- cores: incolor, branco, cinza, verde, amarelo, vermelho-rosado
- brilho: vítreo, perláceo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita a boa
- hábitos: tabular, foliado, lamelar, estriado


Peculiaridades:
A albita é um mineral da série isomórfica dos plagioclásios que forma solução sólida entre albita(Na) e anortita(Ca).
Ocorre em rochas ígneas básicas, pegmatitos e gnaisses e, também, em meteoritos.
É usada na indústria de cerâmicas e como gema.
No Brasil, sua ocorrência mais significativa (variedade cleavelandita) apresenta-se nos pegmatitos de Araçuaí e Timóteo, em Minas Gerais.


Indústria de cerâmicas:
A indústria de cerâmicas (do grego κέραμος - "argila") produz artefatos a partir de argilas, que se torna muito plástica e fácil de moldar quando umedecida. Depois de submetida a uma secagem lenta à sombra para retirar a maior parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas, que lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão de certos componentes da massa, fixando os esmaltes das superfícies.
Essa atividade pode ser artística ou industrial e, de acordo com o material empregado e técnicas utilizadas, classifica-se a cerâmica em:
- terracota (argila cozida no forno, sem ser vidrada, e, às vezes, pintada);
- cerâmica vidrada (o exemplo mais conhecido é o azulejo);
- grês (vidrada e feita de pasta de quartzo, feldspato, argila, areia); e
- faiança (louça cozida a altas temperaturas, esmaltada e decorada).


APATITA

Principais usos:
Obtenção de ácido fosfórico, produção de fertilizante e gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Ca5(PO4)3 (F, OH, Cl) (fosfato básico de cálcio, fluorífero ou calcífero)
- grupo: fosfatos
- dureza (escala Mohs): 5,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,15 a 3,2 g/cm3
- cores: verde, castanho, azul, violeta, incolor
- brilho: vítreo, subresinoso
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem imperfeita e fratura conchoidal
- hábitos: prismático, bipiramidado, maciço, granular, tabular


Peculiaridades:
A apatita forma um grupo de minerais constituintes de rochas fosfáticas.
É solúvel em ácido clorídrico (HCl) e aparece nas rochas eruptivas, metamórficas e nos pegmatitos em forma de grandes cristais.
Apresenta largo uso na obtenção de ácido fosfórico e como fertilizantes, na indústria química.
Na Escala de Mohs, é o mineral utilizado para corresponder à dureza 5,0.
As jazidas mais importantes do Brasil estão localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás, Alagoas, Bahia e Paraíba.


Fósforo (P):
Elemento com aplicação em adubos químicos, fogos de artifício e de segurança, dentifrícios, produtos de limpeza, indústria bélica e da cerâmica.
As principais fontes são clorapatita, flúor-apatita, carbonato-flúor-apatita e hidroxiapatita e, secundariamente, piromorfita, brasilianita e lazulita.
Os principais produtores são os EUA, China, Marrocos e Rússia.
As maiores reservas mundiais se encontram em Marrocos, República Sul-Africana, EUA, Brasil, Canadá, México, Colômbia, Venezuela, Rússia, Austrália, Nauru, República Popular da China, Sri Lanka, Índia, Cazaquistão, Sérvia e Montenegro, Turquia, Jordânia e Suécia.


BARITA

Principais usos:
Principal fonte de bário e interesse gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: BaSO4 (sulfato de bário)
- grupo: sulfatos
- dureza (escala Mohs): 3,0 a 3,5
- peso específico (ou densidade relativa): 4,5 g/cm3
- cores: branco, amarelo, incolor, azul-pálido, rosa, castanho, verde
- brilho: vítreo, perlácio
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita a imperfeita
- hábitos: prismático, granular, tabular, terroso


Peculiaridades:
A barita possui densidade alta para um mineral não-metálico: 4,5g/cm3.
É um mineral que ocorre em rochas alcalinas e carbonatitos, em veios hidrotermais e rochas calcárias, como mineral autigênico em arenitos e em fontes termais. Em depósitos sedimentares, a barita pode estar associada à fluorita, à calcita, ao cinábrio e a outros minerais.
É a principal fonte de bário e apresenta interesse gemológico.
Pode ser utilizada no processo de produção de tintas, lama de sondagem, papéis, tecidos, borrachas e isolantes de raios-X.
No Brasil, é encontrada principalmente na Bahia (a maior jazida do mundo fica na bacia de Camamu), Paraná, Minas gerais, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.


Bário (Ba):
Elemento com aplicação em ligas para velas de motores, tubos de vácuo, pigmentos para papel, fogos de artifício, compostos para exames de contraste em medicina interna e lâmpadas fluorescentes.
A principal fonte é a barita e, secundariamente, a witherita.
A principal produtora mundial é a República Popular da China.
As maiores reservas mundiais estão na República Popular da China e no Brasil.



BAUXITA

Principal uso:
Minério de alumínio


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Al(OH)3+ (hidróxido de alumínio, como gibbisita)
- grupo: hidróxido
- dureza (escala Mohs): muito variável
- peso específico (ou densidade relativa): muito variável
- cores: de branco a vermelho
- brilho: material laterítico
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: material laterítico
- hábitos: material laterítico, granular, terroso


Peculiaridades:
O principal constituinte da bauxita é a gibbisita. A bauxita forma-se no processo pedogenético denominado laterização, que é atuante em climas tropicais, onde uma profunda lixiviação (intemperismo químico) leva o solo a se enriquecer em hidróxidos de ferro e/ou alumínio.
Na laterização, os elementos alcalinos e alcalinos terrosos são os primeiros a serem lixiviados e em estados mais agressivos (em função do pH das soluções), processa-se também a lixiviação da sílica livre e combinada em minerais silicatados, restando somente um produto de menor solubilidade que pode ser uma mistura de hidróxidos de ferro e alumínio.
Caso haja destaque proporcional de alumínio, o material residual recebe o nome de bauxita, importante minério de alumínio.
Os depósitos economicamente mais importantes localizam-se em regiões de predominância de rochas alcalinas e com climas tropicais atuantes.


Alumínio (Al):
Obtido da bauxita especialmente pelo método de eletrólise, o alumínio é um metal comumente utilizado para a produção de utensílios domésticos, esquadrias, aviões, condutores elétricos, embalagens de bebidas.
Na forma de sulfato de alumínio [ Al2(SO4)3 ], é utilizado no tratamento de água para abastecimento público.


BERILO

Principal uso:
Minério de berílio


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Be3Al2Si6O18 (silicato de berílio e alumínio)
- grupo: silicatos – subgrupo dos berilos (Ciclossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 7,5 a 8,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,65 a 2,8 g/cm3
- cores: azul-esverdeado (água-marinha), rosa, branco, incolor, amarelo-claro, amarelo-ouro, verde (esmeralda)
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem imperfeita
- hábitos: prismático-estriado, piramidado


Peculiaridades:
O berilo é mineral acessório em rochas ígneas ácidas, pegmatitos e metamórficas (micaxistos e gnaisses). Apresenta diversas variedades gemológicas como a esmeralda (verde), goshenita (incolor), morganita (rosa), heliodoro (amarelo), água-marinha (azul) e a esplêndida bixbyíta (berilo vermelho).
É uma das principais fontes de berílio.
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará.


Berílio (Be):
Elemento com aplicação em desaceleradores de nêutrons e em reatores atômicos, janelas para tubos de raios-X, ligas para molas de relógios e ferramentas antifaiscantes.
As principais fontes são berilo e bertrandita e, secundariamente, helvita, crisoberilo, berilonita e fenaquita.
Os EUA são os principais produtores mundiais.
As maiores jazidas do mundo estão localizadas nos EUA, República Popular da China, Brasil e Rússia.


BIOTITA

Principal uso:
Para datações radiocronológicas (K-Ar)


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: K(Mg,Fe)3(AlSi3O10)(OH)2
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 2,5 a 3,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,8 a 3,2 g/cm3
- cores: castanho, preto, verde-escuro
- brilho: vítreo, nacarado
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita  e fratura irregular
- hábitos: foliado, disseminado


Peculiaridades:
A biotita é um mineral do grupo das micas (mica preta), muito difundido na natureza, que ocorre em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
Pode ser usada em adornos e em datações radiocronológicas (K-Ar).
No Brasil, apresenta ampla ocorrência nos diferentes tipos de rochas.


Datações radiocronológicas:
É o procedimento do cálculo da idade absoluta de uma rocha e dos minerais que contém certos radioisótopos. Este processo de datação baseia-se na tendência que certos átomos demonstram para emitir partículas e radiação a partir dos seus núcleos instáveis. É a radioatividade.
Quando um núcleo radioativo se desintegra, os produtos formados podem ser instáveis, desintegrando-se posteriormente até encontrar um equilíbrio. Essa transformação nuclear é chamada de decaimento radioativo.
A desintegração de K-40 em Ar-40 é empregada como método para a datação de rochas. O método K-Ar convencional se baseia na hipótese de que as rochas não continham argônio quando se formaram e o argônio formado não escapou, de modo que a quantidade presente provém da completa e exclusiva desintegração do potássio original. As medições das quantidades de K-40 e Ar-40 em rochas vulcânicas intrusivas inalteradas oferecem a informações adequadas para determinar a idade de minerais como o feldspato vulcânico, muscovita, biotita e hornblenda.


BRASILIANITA

Principais usos:
Minério de fósforo (fonte secundária) e produção de gemas


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: NaAl3(PO4)2(OH)4 (fosfato de sódio e alumínio)
- grupo: fosfatos
- dureza (escala Mohs): 5,5
- peso específico (ou densidade relativa): 2,5 a 3,0 g/cm3
- cores: amarela e verde-amarelado
- brilho: vítreo
- cor do traço: branco
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura conchoidal a irregular
- hábitos: prismático, estriado e pinacoidal


Peculiaridades:
O nome brasilianita é em homenagem ao Brasil, primeiro país onde foi descrito esse mineral, em 1944.
É um mineral de ocorrência hidrotermal, em pegmatitos graníticos, associado a flúor-apatita, quartzo ou turmalinas.
Apesar de possuir o elemento químico fósforo em sua composição, seu uso mais comum ocorre para a produção de gemas para joalharia.
No Brasil, há jazidas especialmente em Minas Gerais (Conselheiro Pena, Córrego Frio e Linópolis), Espírito Santo e Paraíba (Pietras Lavradas), mas também se verificam jazidas em New Hampshire, EUA.


Fósforo (P):
Elemento com aplicação em adubos químicos, fogos de artifício e de segurança, dentifrícios, produtos de limpeza, indústria bélica e da cerâmica.
As principais fontes são clorapatita, flúor-apatita, carbonato-flúor-apatita e hidroxiapatita e, secundariamente, piromorfita, brasilianita e lazulita.
Os principais produtores são os EUA, China, Marrocos e Rússia.
As maiores reservas mundiais se encontram em Marrocos, República Sul-Africana, EUA, Brasil, Canadá, México, Colômbia, Venezuela, Rússia, Austrália, Nauru, República Popular da China, Sri Lanka, Índia, Cazaquistão, Sérvia e Montenegro, Turquia, Jordânia e Suécia.


CALCITA

Principais usos:
Indústria ótica e cimenteira, fonte de cálcio e uso gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: CaCO3 (carbonato de cálcio)
- grupo: carbonatos
- dureza (escala Mohs): 3,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,7 g/cm3
- cores: branco ou incolor, várias tonalidades de cinza, vermelho, amarelo e outras
- brilho: vítreo a subvítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e romboédrica
- hábitos: romboédrico, escalenoédrico, prismático, granular, fibroso, terroso ou outros


Peculiaridades:
A calcita é o mineral constituinte de calcários, mármores e carbonatitos.
Ocorre como mineral autigênico (cimento) em rochas sedimentares. É encontrado também em meteoritos.
Tem larga aplicação na indústria ótica (variedade espato-da-islândia), cimenteira (para cimento Portland e obtenção de cal) e gemológica.
Na Escala de Mohs, é o mineral utilizado para corresponder à dureza 3,0.
No Brasil, as ocorrências mais importantes estão em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí e Bahia.


Cálcio (Ca):
Elemento com aplicação em preparação de metais para revestimento de cabos acumuladores, adubos químicos, gesso, cimento, concreto e material de carga para papéis e tinta.
As principais fontes são calcita e dolomita e, secundariamente, anidrita, gipsita, clorapatita, flúor-apatita, fluorita, anortita e wollastonita.
Os principais produtores mundiais são a República Popular da China, Rússia, Japão, EUA, Índia, Coréia do Norte, Itália e Alemanha.
As maiores reservas mundiais se encontram na República Popular da China, Rússia, EUA, Alemanha e Brasil.


CALCOPIRITA

Principal uso:
Minério de cobre


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: CuFeS2 (sulfeto de cobre e ferro)
- grupo: sulfeto
- dureza (escala Mohs): 3,5 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 4,1 a 4,3 g/cm3
- cor: amarelo-latão
- brilho: metálico
- cor do traço: preto-esverdeado
- clivagem ou fratura: clivagem às vezes distinta e fratura desigual
- hábitos: bisfenoidal, maciço ou granular


Peculiaridades:
A calcopirita é amplamente utilizada na indústria como o mais comum dos minérios de cobre.
É típico de veios hidrotermais de alta temperatura. Também está presente em meteoritos.
Ocorre em várias regiões do Brasil, especialmente nos estado do Pará, Mato Grosso, Alagoas, Bahia, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.


Cobre (Cu):
Elemento com aplicação em ligas para moedas, panelas, caldeiras, tubos, válvulas reguladores, torneiras, hélices de navios, carrilhões, arames, cabos elétricos e circuitos impressos.
As principais fontes são bornita, calcopirita, calcocita, digenita, tetraedrita, tenorita e antlerita e, secundariamente, cobre nativo, covellita, cubanita, bournonita, polibasita, calcantita, atacamita, pseudomalaquita, dioptásio, brochantita, crisocola e languita.
Os principais produtores mundiais são Chile, EUA, Rússia, Zâmbia, Canadá, Polônia, República Popular da China e Peru.
As maiores reservam se encontram no Chile, EUA, Rússia e Polônia.


CAULINITA

Principais usos:
Indústria de cerâmicas e de papel


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Al2Si2O5(OH)4 (silicato básico de alumínio)
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 2,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,6 g/cm3
- cores: branca
- brilho: terroso
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: placóide, maciço, terroso


Peculiaridades:
A caulinita é um mineral do grupo dos argilominerais e principal constituinte do caulim, formado pela alteração (hidratação) de feldspatos.
Tem largo uso na indústria de cerâmica, refratários, papel e tintas.
Apresenta ampla ocorrência no Brasil, em regiões associadas ao intemperismo e hidrotermalismo de rochas alumino-silicáticas, em especial as feldspáticas. É comum em veios de pegmatitos.
Os exemplos mais significativos são os caulins da Amazônia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


Feldspato:
O feldspato pertence à família de minerais sílico-aluminosos com uma base de potássio, sódio e cálcio: feldspato potássio (ortoclásio e microclina); feldspato calcassódico (plagioclásio, albita, oligoclásio, andesina, labradorita, anortita).
Essa família é importante, pois aparece em quase todas as rochas eruptivas e metamórficas. Depois do quartzo, é o mineral mais comum. Apresentam-se nas rochas em pequenos cristais, ou mesmo microscópios, porém, os feldspatos potássicos podem formar grandes cristais ou massas.
Altera-se principalmente por decomposição química, transformando-se em argilas de colorações variadas em função dos óxidos que contém e do clima da região. Ao se alterar, forma o caulim ou a caulinita.


CIANITA

Principais usos:
Para a produção de cerâmica refratária e é importante fonte de sílica, além do uso gemológico


Características químicas e físicas:
- composição química: Al2SiO5 (silicato de alumínio)
- grupo: silicatos (Nesossilicatos)
- durezas (escala Mohs): 5,0 e 7,0 (de acordo com o plano ou orientação)
- peso específico (ou densidade relativa): 3,55 a 3,66 g/cm3
- cores: azul, branca, cinza, verde, preta (variedades grafitosas)
- brilho: vítreo, perláceo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: tabular, lamelar, radiado


Peculiaridades:
A cianita é um mineral típico de metamorfismo regional de altas pressões e temperaturas, especialmente em micaxistos, gnaisses, leptínitos e eclogitos. Pode ocorrer, mas raramente, em rochas magmáticas, como pegmatitos e granitos, e veios hidrotermais e em filões de quartzo.
É usada em cerâmica refratária, como fonte de sílica, mullita e como substância gemológica.
As ocorrências mais significativas no Brasil ocorrem em Minas Gerais (Diamantina, Barra do Salinas, Andrealândia, Congonhas do Campo, Itabirito e Cianita).


Sílica (SiO2):
A sílica ou dióxido de silício é uma substância polimorfa que se apresenta na natureza em vários estados: amorfa e hidratada (sílica gelatinosa e opala) e cristalina e anidra (quartzo, tridimita, cristobalita e calcedônia).
Trata-se de um composto extremamente estável na natureza. Somente o ácido fluorídrico é capaz de decompô-la a frio.
Entra na formação de grande número de minerais, podendo-se dizer que é o eixo de todo o reino mineral.


CORÍNDON

Principais usos:
Indústria de abrasivos e uso gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Al2O3 (óxidos de alumínio)
- grupo: óxidos
- dureza (escala Mohs): 9,0
- peso específico (ou densidade relativa): 4,02 g/cm3
- cores: branca, verde, amarela, castanha, azul, vermelha, violeta, incolor
- brilho: vítreo, adamantino
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem ausente
- hábitos: prismático-estriado, tabular, maciço, bipiramidado


Peculiaridades:
O coríndon é um mineral acessório presente em rochas metamórficas, ígneas insaturadas em sílica (sienitos e nefelina-sienito), em zonas de contato de corpos peridotíticos, diques lamprofíricos, pegmatitos e depósitos detríticos.
Apresenta caráter gemológico, para as variedades safira e rubi, porém, em larga escala, é utilizado para a produção de ferramentas abrasivas, em razão da sua alta dureza e resistência (dureza 9,0 na escala de Mohs).
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e Santa Catarina.


Abrasivos:
Os abrasivos são substâncias naturais ou sintéticas empregadas para desgastar, polir ou limpar outros materiais. Alguns ocorrem em veios na crosta terrestre; outros são os próprios minerais formadores das rochas. De acordo com sua origem, podem exibir diferentes graus de consolidação, com propriedades físicas e químicas diversas. O diamante é o abrasivo natural de maior dureza que se conhece e, na seqüência, temos o coríndon.
Desde o neolítico, povos primitivos utilizavam abrasivos para dar forma às pedras com que fabricavam seus instrumentos. Até nossos dias, os abrasivos encontram múltiplas aplicações em diversos processos industriais e artesanais, nas lixas, rebolos, esmeril e “pedras de afiar”.


CRISOCOLA

Principais usos:
Minério de cobre e gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: (Cu2+, Al)2H2Si2O5(OH)4 . nH2O
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 2,0 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,0 a 2,4 g/cm3
- cores: verde, azul, verde-azulado; quando impuro, castanha e preta
- brilho: vítreo, terroso
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem ausente e fratura conchoidal
- hábitos: maciço, terroso


Peculiaridades:
A crisocola é um mineral formado na zona de oxidação de depósitos cupríferos.
É usado para a obtenção de cobre e como gema. Pode ser aplicado também como selante de fendas em solos, rochas e barragens.
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão na Bahia e no Rio Grande do Sul.


Cobre (Cu):
Elemento com aplicação em ligas para moedas, panelas, caldeiras, tubos, válvulas reguladores, torneiras, hélices de navios, carrilhões, arames, cabos elétricos e circuitos impressos.
As principais fontes são bornita, calcopirita, calcocita, digenita, tetraedrita, tenorita e antlerita e, secundariamente, cobre nativo, covellita, cubanita, bournonita, polibasita, calcantita, atacamita, pseudomalaquita, dioptásio, brochantita, crisocola e languita.
Os principais produtores mundiais são Chile, EUA, Rússia, Zâmbia, Canadá, Polônia, República Popular da China e Peru.
As maiores reservam se encontram no Chile, EUA, Rússia e Polônia.


DOLOMITA

Principais usos:
Minério de magnésio e utilizado como fundente


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: CaMg(CO3)2 (carbonato duplo de cálcio e magnésio)
- grupo: carbonatos
- dureza (escala Mohs): 3,5 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,8 a 2,9 g/cm3
- cores: incolor, branco, avermelhado ou esverdeado e outras
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem romboédrica e fratura subconchoidal
- hábitos: cristais romboédricos, granular, assemelhando-se ao mármore


Peculiaridades:
A dolomita é um mineral típico de estratos sedimentares, mármores magnesianos e carbonatitos. Também ocorre em veios hidrotermais de baixas temperaturas e em meteoritos.
É utilizada como isolante térmico, como fonte de magnésio e como substância gemológica. Na indústria metalúrgica, é utilizada como fundente, para reduzir o ponto de fusão dos materiais que compõem a formação do aço dentro dos fornos, economizando energia térmica.
No Brasil, ocorre principalmente na Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.


Magnésio (Mg):
Elemento com aplicação em fogos de sinalização, ligas leves, tijolos refratários, pigmentos, medicamentos e fertilizantes.
As principais fontes são salmouras naturais, água do mar, magnesita e dolomita e, secundariamente, carnallita, cainita, picromerita, kieserita, epsomita, forsterita, sepiolita, clinocrisolilo, talco, periclásio, brucita, saponita, bischofita e antofilita.
Os principais produtores mundiais são Alemanha, EUA, República Popular da China, Canadá, Suíça, Japão, Rússia e Austrália.
As maiores reservas mundiais se encontram na Alemanha, Espanha, Itália, Canadá, Brasil e República Popular da China.


ENXOFRE

Principais usos:
Indústria química


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: S (elemento nativo enxofre)
- grupo: elementos nativos não-metálicos
- dureza (escala Mohs): 1,5 a 2,5
- peso específico (ou densidade relativa): 2,0 g/cm3
- cores: amarela, cinza, verde, vermelho
- brilho: resinoso, graxo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem ausente e fratura conchoidal
- hábitos: piramidado, reniforme, bipiramidado, maciço, estalactítico


Peculiaridades:
O enxofre é um mineral típico de depósitos vulcânicos (gases e fumarolas) e depósitos sedimentares do Terciário, associado com anidrita, gipsita e celestita, além de depósitos betuminosos. Ocorre também em meteoritos. Apresenta ampla utilidade na indústria química.
O depósito mais significativo de enxofre no Brasil está localizado em Sergipe, mas ocorre também em Tragola, no Rio Grande do Sul; Potiraguá, na Bahia; Iporanga, em São Paulo; Chapecó, em Santa Catarina e Paraúna, em Goiás.
As principais ocorrências de enxofre no mundo estão na Bolívia, Chile, Estados Unidos da América, Itália, Filipinas, México e Rússia. Há importantes reservas também no Canadá, Rússia, Polônia, Iraque, República Popular da China e Arábia Saudita.


Enxofre:
O enxofre é utilizado na fabricação de pólvora, fogos de artifício, fósforos de segurança, ácido sulfúrico, vulcanização da borracha e conservantes. As principais fontes são o enxofre nativo, pirita, marcassita, petróleo e gás natural.
Os principais produtores mundiais são os Estados Unidos da América, Canadá, Rússia, República Popular da China, Japão e Polônia.


ESPODUMÊNIO

Principais usos:
Minério de lítio e gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: LiAlSi2O6 (silicato de lítio e alumínio)
- grupo: silicatos – subgrupo dos piroxênios (Inossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 6,5 a 7,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,15 a 3,2 g/cm3
- cores: branco, cinza, rosa, amarelo, verde, incolor, vermelho, púrpura
- brilho: vítreo, perláceo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: tabular, maciço, lamelar, foliado, disseminado, botrioidal


Peculiaridades:
O espodumênio é um mineral do grupo dos piroxênios que ocorre em pegmatitos litiníferos.
Apresenta uso gemológico (variedades kunzita e hiddenita, ambas muito raras), sendo também usado na indústria de cerâmica e como fonte secundária de lítio.
No Brasil, ocorre mais significativamente em Minas Gerais.


Lítio (Li):
Elemento com aplicação em baterias para marcapasso, ligas para materiais de atividades espaciais, combustíveis para foguetes, aditivos para graxas, indústria de vidro e de medicamentos.
As principais fontes são espodumênio, ambligonita, lepidolita e petalita e, secundariamente, montebrasita, eucriptita, trifilita, litiofilita, zambuyelita e zinnwaldita.
Os principais produtores mundiais são EUA e Rússia.
As maiores reservas mundiais estão no Brasil, EUA e Rússia.


ESTIBINITA

Principal uso:
Minério de antimônio


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Sb2S3 (sulfeto de antimônio)
- grupo: sulfeto
- dureza (escala Mohs): 2,0
- peso específico (ou densidade relativa): 4,6 a 4,7 g/cm3
- cores: cinza-chumbo
- brilho: metálico
- cor do traço: cinza-prateado
- clivagem ou fratura: clivagem proeminente e fratura subconchoidal
- hábitos: cristais prismáticos, acicular, radiado ou reticular


Peculiaridades:
A estibinita é um mineral encontrado em veios hidrotermais de baixa temperatura e em depósitos formado por fontes termais.
No Brasil, ocorre com maior importância somente no estado de Minas Gerais.
É a principal fonte de antimônio.


Antimônio (Sb):
Elemento com aplicação em ligas para soldas, componentes para detectores ultravioleta, cosméticos e medicamentos.
As principais fontes são estibinita e bindheita e, secundariamente, bournonita, jamesonita, quermesita, cervantita, estibiconita, tetraedrita, pirargirita, valentinita e senarmontita.
Os principais produtores mundiais são a República Popular da China, Bolívia, Rússia e República Sul-Africana.
As maiores reservas mundiais estão na Bolívia, na República Sul-Africana e no México.


FELDSPATO

Principais usos:
Indústria química e de cerâmicas, de vidros e uso gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: KAlSi3O8 (silicato de potássio e alumínio)
- grupo: silicatos (Tectossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 6,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,57 g/cm3
- cores: incolor, branca, cinza, laranja, rosa-salmão, verde e vermelho
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem de perfeita a boa e fratura irregular a subconchoidal
- hábitos: prismático, maciço, granular


Peculiaridades:
O feldspato é um mineral silicático do grupo dos feldspatos, subgrupo dos feldspatos alcalinos, comuns em rochas ígneas ácidas, pegmatitos e metamórficas. As variedades mais comuns são o ortoclásio e o microclínio.
É usado na indústria de cerâmicas, de vidros e de detergentes, podendo também constituir gemas (variedade adulária). Secundariamente, pode ser fonte de potássio. A variedade verde (amazonita) é usada como gema.
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão no Paraíba, Alagoas, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.


Potássio (K):
Elemento com aplicação em adubos químicos, vidros, lentes, fósforos de segurança, pólvora, máscara de oxigênio e sais dietéticos.
As principais fontes são silvita, carnallita, cainita e leucita e, secundariamente, nitro, alunita, langhbeinita, picromerita, polialita, ortoclásio e microclínio.
Principais produtores mundiais são Canadá, Alemanha, Bielorússia, Rússia, EUA e Israel.
As maiores reservas mundiais estão no Canadá, Rússia, Bielorússia e Alemanha.


FLUORITA

Principal uso:
Minério de flúor


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: CaF2 (fluoreto de cálcio)
- grupo: sais halóides
- dureza (escala Mohs): 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,0 a 3,2 g/cm3
- cores: incolor, branco, verde, violeta, azul, amarelo e rosa
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura subconchoidal
- hábitos: cúbico, octaédrico, granular ou compacto


Peculiaridades:
A fluorita é um mineral que ocorre em veios hidrotermais, em rochas graníticas.
É uma importante fonte de flúor.
Também é usada na indústria siderúrgica como fundente, vidros opalescentes, esmaltes, fabricação de ácido fluorídrico, cerâmica, instrumentos ópticos e como gema ou pedra ornamental.
Na Escala de Mohs, é o mineral utilizado para corresponder à dureza 4,0.
No Brasil, ocorre principalmente nos estados de Santa Catarina, Ceará, Paraíba, Minas Gerais, Bahia e Paraná.


Flúor (F):
Elemento com aplicação industrial no enriquecimento do urânio, propelentes para aerossol, meios de refrigeração, compostos fluorados em geral, ácido fluorídrico, tratamento de água e aditivo para dentifrícios.
A principal fonte é a fluorita e, secundariamente, a criolita.
Os maiores produtores mundiais são República Popular da China, México e Rússia.
As maiores reservas mundiais se encontram na Rússia, República Sul-Africana, República Popular da China, Mongólia e México.


GALENA

Principal uso:
Minério de chumbo


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: PbS (sulfeto de chumbo)
- grupo: sulfeto
- dureza (escala Mohs): 2,5
- peso específico (ou densidade relativa): 7,3 a 7,6 g/cm3
- cores: cinza-chumbo a branco
- brilho: metálico
- cor do traço: cinza-escuro a preto
- clivagem ou fratura: clivagem proeminente, fratura subconchoidal plana
- hábitos: cristais cúbicos, cubo-octaédricos e octaédricos, maciços, clivável ou granular


Peculiaridades:
A galena é o mais importante minério de chumbo, encontrado, principalmente, em veios hidrotermais. Também ocorre associada à prata e em rochas calcárias.
A ganga desse minério se liga comumente a elementos silicáticos e também se apresenta associada às piritas de ferro, a baritina, à blenda e outros minerais.
No Brasil, ocorre nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e, especialmente, na Bahia.


Chumbo (Pb):
Elemento com aplicação em ligas para acumuladores, soldas, indústria bélica, proteção contra radiação, gasolina com alta octanagem, zarcão e secagem de tintas.
As principais fontes são galena e cerusita e, secundariamente, anglesita, vanadinita, boulangerita, bournonita, jamesonita, wulffenita, piromorfita, mimetita e crocoíta.
Os principais produtores mundiais são Austrália, EUA, República Popular da China, Canadá, México e Peru.
As maiores reservas mundiais estão na Austrália, República Popular da China, EUA, Canadá, Peru e República Sul-Africana.


GIPSITA

Principais usos:
Fabricação de cimento Portland, ácido sulfúrico, cerveja, giz, vidro, esmaltes, gesso, moldes para fundição, corretivos de solo e como gema


Características químicas e físicas:
- composição química: CaSO4 . 2H2O (sulfato hidratado de cálcio)
- grupo: sulfatos
- dureza (escala Mohs): 2,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,32 g/cm3
- cores: incolor, branco, cinza (contendo impurezas, pode ocorrer nas cores amarelo, vermelho ou castanho)
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura conchoidal
- hábitos: prismático, fibroso, tabular


Peculiaridades:
A gipsita é um mineral típico de evaporitos, folhelhos, calcários e argilas e pode ocorrer também em meteoritos.
É utilizada na fabricação de cimento Portland, ácido sulfúrico, cerveja, giz, vidros, esmaltes, gesso, moldes para fundição, corretivos do pH de solos e obtenção de cálcio. Trata-se do mineral que constitui o gipso.
Na Escala de Mohs, é o mineral utilizado para corresponder à dureza 2,0.
No Brasil, as ocorrências mais significativas são no Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


Cálcio (Ca):
Elemento com aplicação em preparação de metais para revestimento de cabos acumuladores, adubos químicos, gesso, cimento, concreto e material de carga para papéis e tinta.
As principais fontes são calcita e dolomita e, secundariamente, anidrita, gipsita, clorapatita, flúor-apatita, fluorita, anortita e wollastonita.
Os principais produtores mundiais são a República Popular da China, Rússia, Japão, EUA, Índia, Coréia do Norte, Itália e Alemanha.
As maiores reservas mundiais se encontram na República Popular da China, Rússia, EUA, Alemanha e Brasil.


HEMATITA

Principal uso:
Minério de ferro para a indústria siderúrgica


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Fe2O3 (óxido de ferro)
- grupo: óxidos
- dureza (escala Mohs): 5,5 a 6,5
- peso específico (ou densidade relativa): 4,9 a 5,3 g/cm3
- cores: preto a cinzento-preto
- brilho: metálico
- cor do traço: vermelho-sangue
- clivagem ou fratura: fratura subconchoidal a irregular
- hábitos: tabular, granular, reniforme, botrioidal ou estalactítico


Peculiaridades:
A hematita é um mineral relativamente comum em todos os tipos de rocha.
Ocorre como um produto de sublimação em atividades vulcânicas, em depósitos de metamorfismo de contato e regional (produto de oxidação de siderita e magnetita), como mineral acessório em rochas granitóides e como mineral supergênico em jazidas lateríticas. Também ocorre como mineral cimentante em arenitos.
É o mais abundante minério de ferro, usado em material de polimento, pigmento e como gema.


Ferro (Fe):
Elemento com aplicação em ligas para latas, ferramentas, parafusos, veículos, pontes, estruturas de aço, máquinas, ímãs e catalisadores na produção de amônia.
As principais fontes são hematita, magnetita, chamoisita e siderita e, secundariamente, goethita, pirita, marcassita, ankerita e calcopirita.
Os principais produtores mundiais são a República Popular da China, Rússia, Brasil, Austrália, EUA, Índia, Canadá, República Sul-Africana, Suécia, Mauritânia, França e Libéria. As maiores reservas mundiais se encontram na Rússia, Suécia, República Sul-Africana, Brasil, Canadá, EUA, Venezuela, Austrália, Mauritânia e Índia.


LEPIDOLITA

Principal uso:
Minério de lítio


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: K(Li,Al)2-3(AlSi3O10)(O,OH,F)2
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 2,5 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,8 a 2,9 g/cm3
- cores: rosa, lilás, branca-acinzentada
- brilho: perláceo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: prismático com contorno hexagonal, placóide, granular


Peculiaridades:
A lepidolita é um mineral do grupo das micas litiníferas.
É típico de pegmatitos, sendo uma das grandes fontes de lítio.
Caracteriza-se por lâminas flexíveis e elásticas, facilmente destacáveis.
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão em Minas Gerais (Lavra do Zé Pedalão, em Itinga; Pegmatito de Volta Grade, na Faixa do Alto Rio Grande) e Rondônia (Maciço de Santa Bárbara).


Lítio (Li):
Elemento com aplicação em baterias para marcapasso, ligas para materiais de atividades espaciais, combustíveis para foguetes, aditivos para graxas, indústria de vidro e de medicamentos.
As principais fontes são espodumênio, ambligonita, lepidolita e petalita e, secundariamente, montebrasita, eucriptita, trifilita, litiofilita, zambuyelita e zinnwaldita.
Os principais produtores mundiais são EUA e Rússia.
As maiores reservas mundiais estão no Brasil, EUA e Rússia.


MAGNETITA

Principal uso:
Minério de ferro


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Fe3O4 (óxido de ferro)
- grupo: óxidos
- dureza (escala Mohs): 5,5 a 6,5
- peso específico (ou densidade relativa): 4,9 a 5,2 g/cm3
- cor: preto
- brilho: metálico a submetálico
- cor do traço: preto
- clivagem ou fratura: fratura subconchoidal a irregular
- hábitos: octaédrico, rombododecaédrico, maciço ou granular


Peculiaridades:
A magnetita é um mineral acessório presente em vários tipos de rochas ígneas, em lentes de rochas metamórficas, em formações ferríferas bandadas (B.I.F.) e em pláceres em geral, porém, com mais freqüência em rochas basálticas. Também pode resultar da alteração da limonita ou da hematita e é um mineral de ocorrência comum em meteoritos.
Possui magnetismo natural, mas essa capacidade magnética somente pode ser verificada com o uso instrumentos sensíveis.
É uma importante fonte de ferro.


Ferro (Fe):
Elemento com aplicação em ligas para latas, ferramentas, parafusos, veículos, pontes, estruturas de aço, máquinas, ímãs e catalisadores na produção de amônia.
As principais fontes são hematita, magnetita, chamoisita e siderita e, secundariamente, goethita, pirita, marcassita, ankerita e calcopirita.
Os principais produtores mundiais são a República Popular da China, Rússia, Brasil, Austrália, EUA, Índia, Canadá, República Sul-Africana, Suécia, Mauritânia, França e Libéria.
As maiores reservas mundiais se encontram na Rússia, Suécia, República Sul-Africana, Brasil, Canadá, EUA, Venezuela, Austrália, Mauritânia e Índia.


MALAQUITA

Principais usos:
Minério de cobre (como fonte secundária) e gema


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Cu2+2CO3(OH)2 (carbonato básico de cobre)
- grupo: carbonatos
- dureza (escala Mohs): 3,5 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,9 a 4,03 g/cm3
- cor: verde (brilhante)
- brilho: vítreo, adamantino
- cor do traço: verde pálido
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura subconchoidal
- hábitos: prismático, botrioidal, maciço, terroso, granular


Peculiaridades:
A malaquita é um mineral supergênico de cobre, que ocorre em zona de oxidação de veios cupríferos. Pode ocorrer também associada à Azurita, à Cuprita e a outros minerais que têm cobre em sua composição.
É uma fonte secundária de cobre, elemento químico que lhe proporciona a cor verde. Mas em razão da beleza que exibe ao ser polida ou lapidada, também é utilizada como gema.
É sensível a calor, ácidos, amoníaco e água quente.
No Brasil, as jazidas mais significativas estão localizadas no Ceará, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.


Cobre (Cu):
Elemento com aplicação em ligas para moedas, panelas, caldeiras, tubos, válvulas reguladores, torneiras, hélices de navios, carrilhões, arames, cabos elétricos e circuitos impressos.
As principais fontes são bornita, calcopirita, calcocita, digenita, tetraedrita, tenorita e antlerita e, secundariamente, cobre nativo, covellita, cubanita, bournonita, polibasita, calcantita, atacamita, malaquita, dioptásio, brochantita, crisocola e languita.
Os principais produtores mundiais são Chile, EUA, Rússia, Zâmbia, Canadá, Polônia, República Popular da China e Peru.
As maiores reservam se encontram no Chile, EUA, Rússia e Polônia.


MUSCOVITA

Principal uso:
Indústria eletro-eletrônica


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: KAl2(Si3Al)O10(OH, F)2 (alumino-silicato de K Al)
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 2,0 a 2,5
- peso específico (ou densidade relativa): 2,76 a 2,88 g/cm3
- cores: branca, amarela, castanha, incolor, vermelha, verde
- brilho: vítreo, perláceo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura irregular
- hábitos: tabular, foliado, prismático, maciço, estelar


Peculiaridades:
A muscovita é o mineral mais comum do grupo das micas, que ocorre em gnaisses, xistos, quartzitos, granitos e pegmatitos.
Caracteriza-se por lâminas flexíveis e elásticas, facilmente destacáveis.
É amplamente usado como isolante elétrico, em condensadores, reostatos, telefones, lâmpadas, fusíveis e resistências de ferros elétricos.
No Brasil, as ocorrências mais significativas estão no Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.


Resistência elétrica:
É a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente elétrica, pelo mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de Ohm e, segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), é medida em ohms.
Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor metálico, um número muito elevado de elétrons livres passa a se deslocar nesse condutor. Nesse movimento, os elétrons colidem entre si e também contra os átomos que constituem o metal. Portanto, os elétrons encontram uma certa dificuldade para se deslocar, isto é, existe uma resistência à passagem da corrente no condutor. Essa resistência dissipa-se em calor.
Para medir essa resistência, os cientistas definiram uma grandeza que denominaram resistência elétrica.


PIRITA

Principal uso:
Minério de enxofre


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: FeS2 (sulfeto de ferro)
- grupo: sulfetos
- dureza (escala Mohs): 6,0 a 6,5
- peso específico (ou densidade relativa): 4,95 a 5,10 g/cm3
- cor: amarelo-latão pálido
- brilho: metálico
- cor do traço: preto-esverdeado ou preto-castanho
- clivagem ou fratura: clivagem indistinta e fratura conchoidal a desigual
- hábitos: cúbico, pentadodecaédrico, maciço ou granular


Peculiaridades:
A pirita é o mais comum dos sulfetos, ocorrendo em todos os tipos de rochas. É também um mineral que ocorre em meteoritos.
É uma importante fonte industrial de enxofre, especialmente para a produção de ácido sulfúrico. Em alguns países, a pirita é fonte de ferro. Também pode ser usada como gema.
As ocorrências mais importantes no Brasil se verificam na Bahia, em Goiás, em Santa Catarina, no Paraná, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. 
Devido a sua coloração amarelada, ganhou o apelido de “ouro de tolo”.


Enxofre (S):
Elemento utilizado na fabricação de pólvora, fogos de artifício, fósforos de segurança, ácido sulfúrico, vulcanização de borracha e conservantes.
As principais fontes são enxofre nativo, pirita, marcassita, petróleo e gás natural.
Os principais produtores mundiais são EUA, Canadá, Rússia, República Popular da China, Japão e Polônia.
As maiores reservas mundiais estão na Rússia, Canadá, EUA, Polônia, Iraque, República Popular da China e Arábia Saudita.


QUARTZO

Principais usos:
Fonte de silício, indústria eletro-eletrônica e uso gemológico


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: SiO2 (dióxido de silício ou sílica)
- grupo: silicatos (Tectossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 7,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,65 g/cm3
- cores: incolor, branca, violeta, rosa, cinza, amarela, vermelha, azul
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem ausente e fratura conchoidal
- hábitos: prismático-estriado, bipiramidado, romboédrico, maciço


Peculiaridades:
O quartzo é o mais comum dos minerais, ocorrendo em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Também ocorre como sedimento inconsolidado, sendo o constituinte principal dos depósitos arenosos.
Compreende um grande número de variedades, como aventurino, quartzo-azul, citrino, enfumaçado, leitoso, morion, quartzo-róseo, ágata, cornalina, rutilado, olho-de-tigre, prásio, ametista, ônix e outros.
É a principal fonte de silício para a indústria, porém, também tem uso gemológico. Apresenta piezoeletricidade e piroeletricidade.
No Brasil, as ocorrências significativas e com qualidade estão em Minas Gerais, Bahia, Piauí, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Rondônia e Rio Grande do Sul (maior produtor mundial de ametista).


Silício (Si):
Elemento com aplicação em chips para eletrônica, células solares, ferramentas especiais, compostos para óleos, borrachas de silicone, areia, vidro, cimento e concreto.
As principais fontes são quartzo, tridimita, cristobalita e opala.
Os principais produtores mundiais são República Popular da China, EUA, Cazaquistão, Noruega e Rússia.
As maiores reservas mundiais se encontram na República Popular da China, EUA, Cazaquistão, Noruega e Rússia.


RODOCROSITA


Principais usos:
Minério de manganês (como fonte secundária), pedra ornamental e gema


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: MnCO3 (carbonato de manganês)
- grupo: carbonatos
- dureza (escala Mohs): 3,5 a 4,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,5 a 3,7 g/cm3
- cores: vermelho, rosa, castanho-escuro
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: maciço, granular, romboédrico, escalenoédrico, botrioidal


Peculiaridades:
A rodocrosita é um mineral que ocorre em veios hidrotermais associados a depósitos de cobre, prata, chumbo e manganês. Também ocorre em pegmatitos, em depósitos sedimentares e como produto de metamorfismo.
É uma fonte secundária de manganês, sendo também usada como pedra ornamental e gema.
No Brasil, as ocorrências mais significativas são em Minas Gerais, Amapá, Bahia, Pará e Mato Grosso do Sul.


Manganês (Mn):
Elemento com aplicação em ligas de aço, trilhos, ferramentas, eixos, cofres e arados, além do uso em acumuladores, vidros e pigmentos pretos.
As principais fontes são pirolusita e hausmannita e, secundariamente, romenechita, criptomelano, rodocrosita, rodonita, braunita, bementita e manganita.
Principais produtores mundiais são a Ucrânia, República Popular da China, República Sul-Africana, Rússia, Brasil, Austrália e Gabão.


TALCO

Principais usos:
Indústria de cerâmicas, inseticidas, pigmentos, papéis e perfumaria


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: Mg3Si4O10(OH)2 (silicato básico de magnésio)
- grupo: silicatos (Filossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 1,0
- peso específico (ou densidade relativa): 2,7 a 2,8 g/cm3
- cores: cinza, verde-maça, branco, branco-prateado
- brilho: perláceo, graxo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita
- hábitos: tabular, maciço, foliado


Peculiaridades:
O talco é um mineral secundário, formado pela alteração de silicatos magnesianos, típico de rochas ígneas básicas e metamórficas.
Apresenta uso na indústria da cerâmica, pigmentos, borrachas, pedra ornamental, inseticidas, plásticos, lubrificantes, perfumaria, papel e isolantes. Também é utilizado como gema.
No Brasil, os depósitos mais significativos estão localizados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul.


Indústria de papel, inseticida e tinta:
A indústria de papel consome grande quantidade de talco, utilizado como carga (“filler”) quando incorporados à massa e como pigmento alvejante.
Deve ser livre de impurezas, apresentar coloração ou alvura aceitável, ter alto índice de refração para uma boa opacidade e ser quimicamente inerte, evitando reações com materiais usados na fabricação ou uso de papel.
É utilizado como carga inerte na preparação de inseticidas. Caracteriza-se pela fluidez, não decanta e não diminui a ação dos produtos químicos.
O talco lamelar de alta qualidade é usado como carga e como pigmento. O fibroso ou asbestino é empregado como agente de suspensão em diversos tipos de tinta, entre os quais tinta à prova de fogo.
O talco é utilizado também na fabricação de tintas para usos externos em superfícies expostas à abrasão e tintas de baixa visibilidade.


TITANITA


Principais usos:
Fonte de titânio e uso gemológico


Características químicas e físicas:
- composição química: CaTiSiO5 (silicato de cálcio e titânio)
- grupo: silicatos (Nesossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 5,0 a 5,5
- peso específico (ou densidade relativa): 3,4 a 3,55 g/cm3
- cores: cinza, verde, amarelo, castanho, preto
- brilho: resinoso, adamantino
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem imperfeita e fratura conchoidal
- hábitos: maciço, bipiramidado, lamelar


Peculiaridades:
A titanita é um mineral acessório de rochas ígneas e metamórficas ricas em cálcio e em pegmatitos, veios hidrotermais e placers.
Também é conhecida por Esfênio ou Esfeno.
É usada como gema, além de fonte de titânio para a indústria.
No Brasil, ocorre somente em Campo Alegre de Lourdes/Bahia.


Titânio (Ti):
Elemento com aplicação como pigmento para papel e tintas, catalisadores de polimerização, ligas para motores de avião, pinos para fraturas e próteses.
As principais fontes são rutilo e ilmenita e, secundariamente, brookita, anatásio, loparita-(Ce), perovskita e titanita.
Os principais produtores mundiais são EUA, Rússia e Japão.
As maiores reservas estão na Austrália, República Sul-Africana, EUA, Canadá e República Popular da China.


TOPÁZIO


Principal uso:
Como gema


Características químicas e físicas:
- composição química: Al2SiO4(F,OH)2 (silicato de alumínio fluorado)
- grupo: silicatos (Nesossilicatos)
- dureza (escala Mohs): 8,0
- peso específico (ou densidade relativa): 3,4 a 3,6 g/cm3
- cores: amarelo, verde, violeta, amarelo-vinho, rosa, azul, incolor
- brilho: vítreo
- cor do traço: não há
- clivagem ou fratura: clivagem perfeita e fratura subconchoidal
- hábitos: prismático estriado, maciço, bipiramidado, granular


Peculiaridades:
O topázio é um mineral presente em rochas ígneas ácidas, pegmatitos e veios estaníferos. Também está presente em cavidades de riólitos, em filões de quartzo e em placers.
É usado apenas como gema, sendo a variedade topázio-imperial, de Ouro Preto/MG, uma das mais importantes substâncias gemológicas.
Na Escala de Mohs, é o mineral utilizado para corresponder à dureza 8,0.
No Brasil, ocorre em Minas Gerais, Ceará, Rondônia, Espírito Santo e Bahia.


Gema:
Gemas ou pedras preciosas são minerais que, por qualidades diversas, podem ser transformadas em jóias, ornamentos e objetos de arte.
Em geral, as pedras preciosas são bastante duras, não se deixando riscar por uma ponta de aço, sendo transparentes ou, pelo menos, translúcidas. Podem ter cores e nuances diversas.
Dentre as gemas preciosas, podemos citar zirconita, diamante, safira e rubi (coríndon), topázio, turmalinas, água-marinha e esmeralda (berilos), dentre outros.
As pedras preciosas constituem um importante capítulo da geologia econômica. O ciclo da mineração no século XVIII foi fundamental para a expansão territorial, o desbravamento e a ocupação do solo brasileiro.


TURMALINA

Principais usos:
Indústria eletro-eletrônica e produção de gemas


Características químicas e físicas:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­- composição química: é um silicato complexo de boro e alumínio, podendo ter Ca, Na, Fe, Li, Al, Mg, B, O e OH, dependendo da variedade
- grupo: silicatos (ciclossilicado)
- dureza (escala Mohs): 7,0 a 7,5
- peso específico (ou densidade relativa): 3,0 a 3,25 g/cm3
- cores: incolor, azul, verde, vermelha, cor de rosa, preta, bicolor
- brilho: vítreo a resinoso
- cor do traço: branco, marrom, cinza, dependendo da variedade
- clivagem ou fratura: clivagem ruim, inexistente e fratura subconchoidal
- hábitos: prismático, com seção basal triangular e estriado


Peculiaridades:
Turmalinas ocorrem especialmente em pegmatitos graníticos. É muito utilizada como gema, mas também é utilizada na indústria eletro-eletrônica, em razão das suas propriedades piezoelétrica e piroelétrica.
O grupo das turmalinas é composto por pelo menos 14 espécies diferentes: elbaita, schorlita, dravita,  olenita, cromodravita,  buergerita, povondraita, vanadiumdravita, liddicoatita, uvita, hidroxi-feruvita, rossmanita, foitita e magnesiofoitita.
Ocorre em diversos ambientes, onde há pegmatitos graníticos.


Gema:
Gemas ou pedras preciosas são minerais que, por qualidades diversas, podem ser transformadas em jóias, ornamentos e objetos de arte.
Em geral, as pedras preciosas são bastante duras, não se deixando riscar por uma ponta de aço, sendo transparentes ou, pelo menos, translúcidas. Podem ter cores e nuances diversas.
Dentre as gemas preciosas, podemos citar zirconita, diamante, safira e rubi (coríndon), topázio, turmalinas, água-marinha e esmeralda (berilos), dentre outros.
As pedras preciosas constituem um importante capítulo da geologia econômica. O ciclo da mineração no século XVIII foi fundamental para a expansão territorial, o desbravamento e a ocupação do solo brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Maquetes do 6º ano.

                                                               Perfil do solo.                                            ...